O Samsung Galaxy S3 trata-se de um dos melhores aparelhos disponível no mercado. Lançado em junho de 2012 no Brasil, o aparelho vem quebrando até hoje recordes de vendas mundo afora. A previsão de que bateria 10 milhões de unidades vendidas foi refeita, elevando o número para 15 milhões, em um recente levantamento. E não poderia ser diferente no Brasil.
A terceira geração do Galaxy S da Samsung vem com um processador quad-core de 1,4 GHz, tela de 4,8 polegadas de Super AMOLED e uma câmera de 8 megapixels, 1 GB de RAM e sua memória interna de 16 GB podendo receber uma expansão com um cartão microSD, dentre outros componentes. E esse hardware poderoso acompanha a versão do Android, o Jelly Bean (4.1.2), e será atualizado em breve pela Samsung para o 4.3.
No primeiro contato com o aparelho, o S3 se mostra um modelo grande e frágil, mas seu corpo de plástico promete ser bem mais durável e resistente do que outros modelos no mercado. A empresa manteve o sistema padrão da família Galaxy, ao deixar um botão físico e os outros dois "virtuais" fora da tela. Na parte superior frontal, a câmera e os sensores de luminosidade. Nas laterais ficam os botões de ligar/desligar e os controles de volume. Acima do aparelho a saída de fone de ouvido mais um microfone para captura de áudio no modo de gravação de vídeo e abaixo a saída microUSB e o microfone padrão.
Suas generosas 4,8 polegadas de tela Super AMOLED com 1280×720 (306 ppi) pixels de resolução fazem do Galaxy S III um excelente aparelho para assistir vídeos, navegar na web e, principalmente para jogos. A resposta da tela é uma das mais rápidas de aparelhos com Android.
O Android 4.1.2 Jelly Bean é bem escondido aqui pela Samsung com a interface TouchWiz Nature UX. A experiência pode não ser a do Android puro, mas não é necessariamente ruim. Ao longo dos anos a Samsung foi aperfeiçoando o TouchWiz com base no feedback (possivelmente, as várias reclamações) dos usuários e eu posso dizer que hoje ela atingiu um nível razoável.
A câmera tem a mesma resolução de 8 megapixels do seu antecessor Galaxy S2, mas a entrada de luz foi aprimorada, melhorando assim a qualidade das imagens e vídeos capturados por ela. O aparelho conta ainda com reconhecimento facial e sorriso, foco automático, geotag, HDR e "melhor foto", onde é possível tirar oito fotos simultâneas e o aparelho escolhe qual ficou melhor ao final do processo.
Os vídeos podem ser capturados em modo HD (720p) ou Full HD (1080p) ambos com 30fps. Isso pela câmera principal, e pela secundária, frontal de 2 megapixels, também é possível capturar vídeos em HD (720p). Em ambas, é possível capturar fotos no momento exato da filmagem.
O aparelho é compatível com as redes HSPA+ das operadoras brasileiras, vai navegar à incrível velocidade de até 6 Mbps. Ok, não é muito, mas é o que tem para hoje no Brasil. Além disso, o aparelho também vem com suporte a DLNA, Bluetooth 4.0 (compatível com diversos acessórios), NFC e Wi-Fi Direct.
A qualidade de chamada é o que você já espera de um aparelho do cacife do Galaxy S III, um áudio nítido mesmo com o volume no médio e em uma região cheia de gente. Os fones de ouvido incluídos com o Galaxy S III provam que a Samsung tem ouvido (pun intended) reclamações dos seus clientes. Eles estão bem melhores desde o Galaxy S II e mesmo sendo intrauriculares, não incomodam tanto quanto antes. Os fones também ganharam um upgrade: os botões agora também pulam e pausam a música no lugar de apenas atender chamadas.
O conjunto de tela enorme e processador quad-core pode gastar bastante energia, mas a Samsung conseguiu fazer com que a bateria acompanhasse esse hardware. Com uso moderado, que inclui navegação esporádica na web via 3G e WiFi por um total de 2 horas, 1 hora de vídeo no Netflix, playback de 2 vídeos de 40 minutos em 480p e 30 minutos de jogos, a bateria chegou a 21%. Com uso intenso, com 3 horas de navegação web, 2 horas de vídeo no Netflix, 1 vídeo de 40 minutos em 720p e 1 hora de jogatina, 15% de bateria restavam. E ele ainda dispõe de uma opção para economizar bateria em casos extremos.
Os dois exemplos de autonomia que citei acima podem ser bem razoáveis para o que o Galaxy S III oferece, mas o que me impressionou mesmo foi que ele consegue durar mais de um dia com o meu uso normal de um final de semana. Ao todo, ele durou 23 horas antes de pedir arrego com 15% de bateria. E tudo o que fiz foi desconectá-lo da tomada de manhã, colocar no bolso e fazer com ele tudo o que faria com o iPhone, que inclui conferir redes sociais esporadicamente. Só notei que ele havia chegado aos 15% na manhã seguinte. Veja aqui a captura de tela desse ciclo da bateria.
Pontos negativos
Processador rápido que deixa a interface fluída;
Bateria duradoura;
Expansão por microSD.
Não há dúvidas, o Galaxy S III da Samsung é o melhor celular com Android do mercado brasileiro. Embora alguns aparelhos vendidos por aqui tenham planejada uma atualização para o Android Ice Cream Sandwich e só então fiquem ao mesmo nível dele, não há um que ofereça performance comparável no conjunto processamento, bateria e tela.
Um deles é o Xperia S, que se viesse com o Android 4.0 competiria bem ao menos na câmera, embora a falha dos botões pouco sensíveis ainda seja uma grande desvantagem. Lá fora, o HTC One X até bate de frente com o S III, mas já sabemos que ele não vai mais vir ao Brasil mais. O Optimus 4X HD da LG também tem potencial, mas não sabemos se ou quando chega ao país. E quem quiser um conjunto de tela, bateria e processador um pouco menos poderoso mas com a experiência Android pura, já sabe que o Galaxy X (Nexus) existe e está à venda há algum tempo.